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Habitualidade com armas próprias: entenda o que é exigido por lei

23 JUN 2025

No mundo dos CACs — Caçadores, Atiradores e Colecionadores — a simples obtenção do Certificado de Registro (CR) não garante liberdade irrestrita. A regularidade da atividade, atestada pela prática constante com armas do próprio acervo, é parte fundamental do compromisso assumido por quem atua com produtos controlados pelo Exército.

Treinar com regularidade e com armamento registrado em seu nome deixou de ser apenas recomendável: tornou-se obrigatório.

Portaria COLOG e o foco na arma registrada

A Portaria COLOG nº 166/2023 reforçou o entendimento de que só serão aceitas, para fins de habitualidade, atividades realizadas com armas efetivamente pertencentes ao CAC.

O uso de armamentos emprestados, de clubes ou de terceiros não supre a exigência legal, exceto nos casos bem específicos: jovens entre 18 e 25 anos, ainda impedidos de adquirir arma, e atiradores em fase de aquisição inicial.

Esse controle mais rígido se destina a fortalecer a responsabilização sobre cada arma registrada e evitar a chamada "habitualidade de fachada", em que o atirador se apresenta ativo, mas nunca opera o próprio equipamento.

Nova estrutura legal e categorias diferenciadas

Com a publicação do Decreto nº 12.345/2024, a definição de habitualidade foi ampliada. Agora, a comprovação precisa considerar não apenas o grupo da arma — como pistolas, revólveres, carabinas e espingardas — mas também o tipo de calibre, distinguindo entre permitido e restrito. O objetivo é assegurar que o CAC mantenha proficiência com os diferentes tipos de armamento que possui.

Essa nova classificação tornou o controle mais técnico e realista, premiando a dedicação e o preparo do praticante. Para atletas de rendimento, a categorização por tipo de calibre representa um avanço na regulamentação, permitindo avaliação mais justa de quem treina em alto nível.

Para evoluir, é preciso comprovar atividade

Cada nível do sistema CAC estabelece limites específicos para acervos e munições. Para subir de nível, é obrigatório apresentar registros de habitualidade com pelo menos uma arma de cada grupo que compõe o acervo. Isso significa que o CAC deve manter uma frequência mínima de atividades com as armas que detém, não apenas frequentar clubes de tiro ou participar de eventos isolados.

A comprovação é feita por meio de documentos oficiais, como Guias de Tráfego e declarações dos clubes homologados, sempre vinculando o uso ao armamento de propriedade do CAC.

Segurança e credibilidade: o verdadeiro impacto da regra

A loja Casa do Pescador e Militar, de Taguatinga (DF), reforça que a exigência da habitualidade com armas próprias vai além do papel — impacta diretamente na imagem e na responsabilidade da comunidade armamentista.

Ao garantir que cada CAC pratique com os equipamentos sob sua guarda, o sistema fortalece a confiança pública, evita abusos e qualifica o uso legal de armamentos no Brasil. O compromisso com a técnica, a segurança e a conduta ética é o que permite ao CAC exercer sua atividade com legitimidade.

Para saber mais sobre habitualidade de armas, acesse: 

https://www.theguntrade.com.br/mundo-cac/eb-exige-habitualidade-com-arma-propria-em-troca-de-nivel-cac/

https://www.theguntrade.com.br/mundo-cac/cac-habitualidade-para-renovacao-de-cr-so-vale-com-arma-propria-diz-eb/

Se você se interessou sobre assunto, saiba mais em:

https://casadopescadoremilitar.com.br/publicacao/guia_para_se_tornar_atirador_esportivo

https://casadopescadoremilitar.com.br/publicacao/habitualidade_no_tiro_esportivo


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