O Tiro à Hélice, também chamado de FAN32 (FEDECAT), é uma das modalidades de tiro ao voo que mais cresce no Brasil. Sua popularidade se deve ao equilíbrio entre desafio técnico, segurança e respeito ambiental — uma evolução do antigo tiro ao pombo, que hoje está proibido em quase todo o mundo.
Uma herança que ganhou novas asas
O surgimento do FAN32 marcou a transformação de uma prática tradicional em um esporte ético e sustentável. O sistema substitui os pombos por hélices mecânicas que reproduzem de forma fiel o voo irregular e imprevisível das aves.
Essas hélices são compostas por duas partes — o copo branco e as pás laranjas — e lançadas por máquinas automáticas que garantem imprevisibilidade e realismo.
O Tiro à Hélice mantém viva a essência da modalidade, mas dentro de um formato responsável, moderno e regulamentado, consolidando-se como referência mundial no tiro esportivo contemporâneo.
Como o FAN32 é praticado
A disputa acontece em uma cancha com cinco casas de lançamento, cada uma com uma máquina elétrica. O atirador, posicionado na pedana, não sabe de onde sairá o alvo, o que exige atenção, reflexo e precisão.
O objetivo é atingir a hélice em pleno voo, fazendo com que o copo se desprenda e caia dentro do círculo de 21 metros de diâmetro, delimitado no chão.
Para validar o ponto, o copo deve se separar completamente e permanecer dentro da área da pedana, chamada de “raquete”.
Armas, cartuchos e calibres utilizados
A modalidade utiliza espingardas de alma lisa e cartuchos CBC de 32 gramas, normalmente com chumbo de numeração 7½, 8 ou 9. Essa configuração oferece recuo reduzido, o que melhora o conforto e o controle, especialmente para atiradores iniciantes.
O equilíbrio entre potência, conforto e precisão faz do FAN32 uma porta de entrada acessível para novos praticantes, sem perder o alto nível técnico que atrai atiradores experientes.
Estrutura e expansão no Brasil
Com o fortalecimento promovido pela Confederação Brasileira de Caça e Tiro (CBCT) e o apoio de federações estaduais, o FAN32 vive um período de consolidação.
Atualmente, mais de 60 clubes possuem pedanas homologadas, oferecendo infraestrutura de qualidade e segurança em todo o país.
Eventos como a Shot Fair Brasil 2025 reforçam o crescimento da modalidade. Na ocasião, o presidente da CBCT, Otto Pohl, destacou o compromisso da entidade com o desenvolvimento técnico, ético e esportivo do FAN32, além de ampliar parcerias com instituições do setor.
Espírito esportivo e perspectiva de futuro
A loja Casa do Pescador e Militar, de Taguatinga (DF), aponta que o Tiro à Hélice, mais do que uma competição, simboliza respeito, disciplina e convivência saudável. A modalidade cresce por unir emoção, precisão e ética — valores fundamentais para o futuro do tiro esportivo.
Com o apoio contínuo da CBCT e o entusiasmo dos atletas, o FAN32 tem potencial para se firmar como uma das principais vertentes do tiro esportivo nacional, atraindo novos praticantes e fortalecendo a cultura do esporte no Brasil.
Para saber mais sobre tiro à hélice, acesse:
https://www.cbct.org.br/fan32/
https://portaldotiro.com/modalidades/tiro-ao-voo/modalidade-fan32-fedecat
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